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Jornada23

Uma portuguesa a viver em terras de sua Majestade desde 2014.

Jornada23

Uma portuguesa a viver em terras de sua Majestade desde 2014.

E assim se passam 6 meses

Pois é , eu sou uma pessoa super assídua nestas coisas, certo? 

Estive a rever os meus poucos posts sobre a pandemia e sobre o meu teletrabalho e o engraçado é que nunca estamos satisfeitos, tanto que......agora preferia voltar a trabalhar por casa!

Com o tempo, começamos a criar uma rotina diária embora, seja verdade que a minha concentração no local de trabalho é 500 vezes maior. Quando voltei a trabalhar sentia aquele medo miudinho de estar ou não a cumprir regras, de ser ou não perigoso fazer isto ou aquilo, usar máscara aqui ou ali. 

Enfim. Temos e é essa a verdade de nos ajustar a uma nova realidade. Mais tarde ou mais cedo isto irá passar e, embora 2020 ter marcado as nossas vidas de uma forma nada boa, irá ficar para trás na recordação. 

Até...sei lá!

Até...um dia Peniche! 

Foi no início do ano que comecei a pensar no que poderíamos fazer este ano para comemorar os anos de namoro...sendo que este ano fazemos 10 anos juntos! 

A verdade é que a carteira já teve mais recheada e lembrei-me que tínhamos uma prenda por usar, um voucher da Odisseia para 1 noite num hotel à escolha. 

Procurei pela lista toda e havia locais super interessantes, no entanto, não queríamos nada muito longe porque o carro não é dos melhores para longas viagens, não queríamos nada muito distante porque era apenas uma noite e um local onde em pleno Abril ainda se conseguisse visitar algo por mais que estivesse um tempo de nhanha. 

Surgiu Peniche. Bonito, cheio de paisagens interessantes, o caminho para lá faz-se bem e ainda se pode aproveitar alguns locais a caminho do destino. Super entusiasmada, já a pensar em surpresas em coisas para fazer , bla bla...

Tudo corria bem. Até que o COVID aconteceu. 

Agora acho que vamos passar os 10 anos confinados em casa. Que mais fazer? Talvez a vista da varanda seja agradável para um jantar à luz das velas 

Teletrabalho

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Faz hoje 11 dias desde que estou a trabalhar por casa e, vou ser o mais sincera possível - tragam-me de volta a minha rotina!!!! 

As pessoas que, por norma, já trabalham por casa já conseguem ter uma rotina super definida mas eu, que estou habituada a acordar a certas horas (isso não tenho saudades), a ir para o escritório, a almoçar por lá e voltar para casa ao fim do dia, já me custa um pouco mais. 

Primeiro, as horas para acordar e adormecer já estão todas trocadas. Os horários para levar o cão à rua já foram pela janela. A concentração é outra. Óbvio que poder estar de pijama o dia todo e só meter uma roupa por cima na hora de levar o canino lá fora tem as suas vantagens. Óbvio que o conforto de casa não se troca. No entanto, uma coisa é trabalhares por casa, outra é seres obrigada a tal.....sendo que as idas à rua são condicionadas ao máximo. 

Enfim, a sanidade mental está a ir pelo cano abaixo. Parece que nos queremos abstrair da realidade mas todas as manhãs está aquele aviso de hoje são mais X infetados , mais X mortos....

 

Em tempos de força maior...

Nem acredito que não escrevo neste diário online à mais de um ano! 
A vida tem sido um rodopio autêntico e em tempos de necessidade temos que nos voltar para as ferramentas que outrora nos fizeram bem. Talvez para manter a minha sanidade mental ainda num pico razoável resolvi voltar-me para isto. E, talvez, reviver aquilo que me aconteceu este ano ajude a combater o isolamento. 

Neste momento, e desde dia 12 estou em tele trabalho e juro que nunca na minha vida pensei que poderíamos passar por algo assim. Algo não palpável e tão feio, com efeitos tão devastadores não só aqui ou ali mas em grande parte do Mundo. 

Escrevo, já a dar um pouco em doida. Em doida com a privação, com o fato de estarmos tão habituados à nossa liberdade que ao ser diminuída sentimo-nos impotentes, nervosos, desmotivados. Acredito que, depois desta tempestade passar todos nós vamos dar muito mais valor à vida, à liberdade, vamos respeitar mais o próximo  e o direito de escolha. 

Até lá, continuamos em quarentena porque é isto, e apenas isto que podemos fazer, enquanto outros batalham lá fora por nós, pelos nossos. 

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