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Jornada23

Uma portuguesa a viver em terras de sua Majestade desde 2014.

Jornada23

Uma portuguesa a viver em terras de sua Majestade desde 2014.

Voltar para Portugal - carta de despedimento

Terça feira tivemos uma reunião de equipa, uma daquelas chatas em que durante uma hora falamos de temas que até são importantes mas depois temos intervenções da equipa desnecessárias. O último tópico da lista era eu. O meu chefe pediu-me para informar os meus colegas, pedi-lhe de volta que o fizesse por mim. Os meus colegas ficaram chocados a olhar para min "como assim vais voltar para Portugal?", enquanto o meu manager fazia um dos seus discursos a conterrânea chorava ( diz ela por estar grávida e sensível ...não me enganas!), e eu arrepiava-me mas ao mesmo tempo sem ainda cair na realidade. 

Ontem entreguei a minha carta de despedimento - 4 de Novembro será o meu último turno, exactamente daqui a um mês.

Acho que estou farta de dizer o mesmo, mas ainda não me apercebi do que se está a passar, o meu cérebro e coração ainda não entenderam bem o que vai acontecer.  Dia 14 de Outubro vamos sair desta casa, vamos viver com os conterrâneos por 4 semanas, depois dia 4 de Novembro vou estar a sair do último turno, dia 11 Novembro será o baby shower do meu sobrinho de coração e dia 13 Novembro a partida.... quando irei eu cair na realidade? No último jantar? No último turno? No último abraço? No avião? Chegando a Portugal? Passados um ou dois meses quando me aperceber que não são só férias?? 

 

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Reencontro

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 Nós fomos como unha e carne durante um dos períodos mais exaustivos da nossa vida : a faculdade. 

Nós juntámos as capacidades uma e da outra e fomos capazes de nos apoiar nos bons e maus momentos, nos mais stressantes e nos outros tantos. Estavamos lá, 5 dias por semana, durante aulas e estágios sempre a apoiar. Ela foi sem dúvida a pessoa que marcou a minha fase universitária mas como é normal o mundo atirou-nos de volta para as nossas cidades e, no meu caso, para Inglaterra. 

A distância fez com que deixassemos de falar tanto, ocasionalmente havia uma conversa ou outra apenas. Quando ela me disse que vinha a Londres quis ir vê-la , estar um pouco com ela que seja. 

Sabem quando vocês não vêem uma pessoa à anos , neste caso 6 anos, e não sabem o que esperar ?? Será que somos as mesmas ? Que as nossas conversas vão fluir com antigamente ? Que ainda temos algo em comum? 

Isso tudo se foi nos primeiros segundos, continuamos igual, apenas com mais histórias de vida para partilhar, e soube bem revê-la e poder estar de novo com alguém que já esteve tão presente na minha vida.

 

Agadir

Agadir....! So de pensar nos dias passados em Agadir sinto um aperto, um saudade imensa! 

Tal como referido em posts anteriores, em Agadir escolhemos o Hotel Iberostar Founty Beach , a maravilha das maravilhas aos nossos olhos. 

 

Fatores positivos:

- O hotel foi sem duvida o ponto alto da viagem. Foi-nos possivel dormir ate' mais tarde, aproveitar a piscina interior pela manha e a exterior durante a tarde ou simplesmente ir a praia dando 10 passos fora do hotel. 

- A simpatia do staff no hotel , as comidas, o modo como o estrangeiro e' tratado sao simplesmente factores mais do que positivos 

- O clima foi o nosso melhor aliado tambem. Se em Marraquexe apanhamos uns dias de chuva e frio aqui o sol brilhava todo o dia

- O mercado era muito mais pequeno que o de Marraquexe mas foi bom porque era menos confuso e estavamos num mood mais calmo 

- Todas as noites existia uma festa no hotel, ora era Bolywood night , ora era noites de talentos, enfim uma panoplia que nos entretia noite fora. 

 

Factores negativos : 

- Quando saiamos do hotel eramos logo bombardeados com vendedores ou taxistas. O mesmo se passou quando saimos do autocarro vindo de Marraquexe e tivemos que pedir aos taxistas para nos darem tempo para pensar, visto fazerem-nos pressao mal saimos do autocarro para escolha de taxista.

- Como era uma cidade mais pequena e naquela altura do ano existem menos turistas sentiamo-nos mais deslocados do que em Marraquexe onde era estrangeiro a cada esquina 

- O aeroporto ficava bastante longe da zona dos hoteis principais.

 

Conclusao:

Nao me importava de voltar a Agadir para mais umas ferias "resort". Sair da cama, comer e deitar o corpito de frente para o sol o dia todo, intercalando com um mergulho na psicina.  Ainda por cima sabendo que de Londres encontro voos a 40 e pouco libras!! 

 

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4 anos de Londres

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4 anos de ti Londres. 4 anos que por vezes parecem muitos mais anos nao so' pelo tempo que sinto ter perdido mas pelas pancadas que a vida me deu enquanto ca' estive. A vida e' assim nao e' verdade? Talvez se tivesse ficado em Portugal as pancadas seriam iguais, ou maiores, nao sei. A verdade e' que Londres tambem me deu muita coisa boa, deu a experiencia, a independencia, a liberdade para fazer coisas sem ninguem por detras a aconselhar (talvez por isso as coisas tenham corrido tao bem num sentido e noutros nem tao bem). Londres deu-me garra para lutar mas muitas vezes tirou-me a garra tambem. Neste pais tive que trabalhar para pagar a renda, e pouco mais. Quando o principe estava a part time foi um sufoco, quando eu fiquei desempregada outro sufoco foi. Um salario era para a renda - hoje em dia e'. Aconteceram coisas boas, viajamos um pouco, conhecemos boas pessoas e finalmente estou a trabalhar em algo que gosto. Aconteceram coisas menos boas, as saudades nao permitiram muita coisa, ver crescer criancas, acompanhar os idosos mais de perto e simplesmente estar presente para quem nunca nos falhou. Algumas vezes sinto isso...que falhei. A distancia da' cabo de nos..a tristeza por vezes e' imensa e por isso e' que cheguei a conclusao que este, por nosso querer, sera' o ultimo ano em Londres.  

 

 

De volta a realidade!

Voltei a realidade! Tive umas duas semanas assim um pouco dolorosas, com muita birra a mistura...(quem me conhece sabe que não gosto nadinha dessas coisinhas de criança !) . Voltamos para Portugal e, eu e o príncipe pensamos que íamos aproveitar uns ricos 10 dias só de praia e calor. 

Pois bem que o tempo português também nos quis pregar uma partida...começou com o vento ao final da tarde (altura em que conseguíamos ir a praia por causa das mil coisas que andávamos a tratar), e chegou a estar um tempo nublado bem ranhoso. Os nossos corpos também nos atraiçoaram 3 dias antes de irmos embora, entre vómitos e diarreia, a coisa não esteve muito bonita!

Tirando isso, e porque o isso já foi muito, foi tempo para aproveitar as nossas praias, a família sempre presente e os amigos que estão longe mas rapidamente ficam perto. Tempo para mudanças e tempo para nos, enquanto casal, dar-mos um passo em frente, uma nova responsabilidade na vida! 

Mais umas ferias passaram e vejo-me aqui, sentada na minha cama depois de uma molha apanhada de regresso a casa, a perguntar-me porque raios ainda vivo neste pais em que o verão dura dois dias.???!! 

 

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